Modificação química da pectina cítrica: implicações estruturais, físicas e reológicas

O presente estudo teve como objetivo investigar as modificações físicas, estruturais e reológicas causadas pelo processo de modificação química da pectina cítrica. Portanto, três pectinas cítricas comerciais com diferentes graus de esterificação foram quimicamente modificadas por processo alcalino sequencial e hidrolítico ácido para produzir pectinas cítricas modificadas (MCP) com propriedades especiais. A massa molar (Mw), o grau de esterificação (DE), a composição dos monossacarídeos, os espectros de 13C NMR, a homogeneidade, a morfologia (SEM) e o comportamento reológico das pectinas cítricas nativas e modificadas (MCP) foram investigados. A modificação química reduziu o teor de ácido urônico (até 28,3%) e a massa molar (até 29,98%), porém, pouco influenciou no grau de esterificação das pectinas nativas. As pectinas cítricas modificadas apresentaram maior quantidade de monossacarídeos neutros, principalmente galactose, arabinose e ramnose, típicos da região Ramnogalacturonana-I (RG-I). Testes reológicos indicaram que as pectinas cítricas nativas e modificadas apresentaram comportamento pseudoplástico, porém, as amostras de MCP foram menos viscosas, em comparação com as nativas. Amostras modificadas apresentaram melhor dissolução em água e géis menos fortes, com boa estabilidade durante cisalhamento oscilatório a 25 ° C. Este estudo visa compreender melhor as implicações que as modificações químicas podem impor na estrutura das pectinas cítricas.

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